segunda-feira, 4 de junho de 2012

Terceira Idade quer mais Cultura e Qualidade de Vida





É com muita satisfação que constato uma realidade que a muito tempo já vem acontecendo, mas ainda era ignorada pela mídia e os índices econômicos. Esta entrando cada vez mais na lista de segmentos das empresas e até mesmo prefeituras, uma generosa fatia de consumidores muito exigentes, que não aceitam qualquer coisa como sendo boa. A proposta e o resultado para eles têm de ser excelentes senão não acontecerá. Estou falando da Terceira Idade, Melhor idade, maior idade, seja qual for o nome que estão dando, a idosos decididos e cheios de atitude.

O certo é que os idosos têm chamado atenção do mercado pela sua crescente procura por setores de lazer, informação e cultura dentro da própria cidade. O crescimento é cerca de 650 mil pessoas maiores de 60 anos de idade.  A capital mineira, Belo Horizonte, conhecida pela tradição e exigência de seu público, não tem esta fama em vão, a causa são os idosos que desde cedo aprenderam com seus pais a escolher o que é de qualidade e bom preço para consumir, a conhecida relação custo benefício, e isto foi passado também para seus filhos, netos e bisnetos.


Sensíveis à nova realidade social e demográfica brasileira, as universidades mineiras criaram projetos destinados à população na faixa acima dos 60 anos. Com a Universidade Aberta ao Idoso, desenvolvida pela PUC Minas, o Projeto Maioridade da UFMG, que trabalha os temas: envelhecimento e saúde; movimento e qualidade de vida; aspectos sociológicos e sociais; e cotidiano e cultura, com visitas a exposições e museus, aulas de cinema e informações sobre como usar a internet, tornando a vida mais prática. A única exigência é que o candidato tenha 60 anos ou mais.

Os cursos universitários são abertos a toda comunidade abordando temas sobre o envelhecimento saudável, com qualidade de vida. Sessões vespertinas de cinema, no Belas Artes Liberdade, no Bairro de Lourdes, despertaram a empresária Adriana Almeida do Carmo, que criou o Chá no Cinema, desde 2009. Nos cinemas dos shoppings da cidade com no Boulevard Shopping, Pátio Savassi, que oferecem café da manhã, palestras do interesse do idoso e documentário como o de José e Pilar, sobre o relacionamento maduro entre o Nobel José Saramago e sua mulher, Pilar del Rio.

 Foto: cm-caminha.pt

O Sesc-MG criou a Gerência de Trabalho Social do Idoso, subordinada à Superintendência de Cultura e Educação, para atender os anciãos de forma ordenada, gerando assistência relacionadas a educação, saúde, cultura, lazer e meio ambiente. Por meio da formação de grupos de convivência, para minimizar o isolamento social, e a promoção do envelhecimento saudável, com qualidade de vida. Desenvolvendo ações socioeducativas que promovem a participação social e o exercício da cidadania, da autoestima, estímulo à reconstrução da autoimagem e autonomia do idoso. Expressões artísticas; artes plásticas, artesanato e fotografia; biblioteca e literatura; cinema e vídeo e atividades físicas.

Segundo o professor Claudio Felisoni o Brasil se tornará, em pouco mais de uma década, a quinta maior população com mais de 60 anos do mundo. Ele atribui este fenômeno que impactou essa faixa etária: a distribuição de renda. Pois cerca de 30 milhões de pessoas saíram das faixas D e E (com renda de menos de quatro salários mínimos) para a posição entre, quatro a 10 salários mínimos. A mudança atingiu uma parte significativa da terceira idade, com renda até então mais baixa. Esta mudança significa uma renda maior entres os idosos, que deverão atingir a idade máxima de 130 anos nas próximas décadas, conforme as previsões científicas. Graças aos progressos da medicina as pessoas passaram a desfrutar a vida com mais jovialidade, o que obriga o mercado a se adaptar ao novo consumidor da terceira idade.
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