Foto: virta.inf.br
É com muita satisfação que constato uma realidade
que a muito tempo já vem acontecendo, mas ainda era ignorada pela mídia e os índices
econômicos. Esta entrando cada vez mais na lista de segmentos das empresas e
até mesmo prefeituras, uma generosa fatia de consumidores muito exigentes, que
não aceitam qualquer coisa como sendo boa. A proposta e o resultado para eles
têm de ser excelentes senão não acontecerá. Estou falando da Terceira Idade,
Melhor idade, maior idade, seja qual for o nome que estão dando, a idosos
decididos e cheios de atitude.
O certo é que os idosos têm chamado atenção
do mercado pela sua crescente procura por setores de lazer, informação e
cultura dentro da própria cidade. O crescimento é cerca de 650 mil pessoas maiores de 60 anos de idade. A capital mineira, Belo Horizonte, conhecida
pela tradição e exigência de seu público, não tem esta fama em vão, a causa são
os idosos que desde cedo aprenderam com seus pais a escolher o que é de
qualidade e bom preço para consumir, a conhecida relação custo benefício, e isto
foi passado também para seus filhos, netos e bisnetos.
Fonte: sitedaterceiraidade
Sensíveis à nova realidade social e
demográfica brasileira, as universidades mineiras criaram projetos destinados à
população na faixa acima dos 60 anos. Com a Universidade Aberta ao Idoso,
desenvolvida pela PUC Minas, o Projeto Maioridade da UFMG, que trabalha os
temas: envelhecimento e saúde; movimento e qualidade de vida; aspectos
sociológicos e sociais; e cotidiano e cultura, com visitas a exposições e museus,
aulas de cinema e informações sobre como usar a internet, tornando a vida mais prática.
A única exigência é que o candidato tenha 60 anos ou mais.
Os cursos universitários são abertos a
toda comunidade abordando temas sobre o envelhecimento saudável, com qualidade
de vida. Sessões vespertinas de cinema, no Belas Artes Liberdade, no Bairro de
Lourdes, despertaram a empresária Adriana Almeida do Carmo, que criou o Chá no
Cinema, desde 2009. Nos cinemas dos shoppings da cidade com no Boulevard
Shopping, Pátio Savassi, que oferecem café da manhã, palestras do interesse do
idoso e documentário como o de José e Pilar, sobre o relacionamento
maduro entre o Nobel José Saramago e sua mulher, Pilar del Rio.
O Sesc-MG criou a Gerência de Trabalho
Social do Idoso, subordinada à Superintendência de Cultura e Educação, para
atender os anciãos de forma ordenada, gerando assistência relacionadas a educação,
saúde, cultura, lazer e meio ambiente. Por meio da formação de grupos de
convivência, para minimizar o isolamento social, e a promoção do envelhecimento
saudável, com qualidade de vida. Desenvolvendo ações socioeducativas que
promovem a participação social e o exercício da cidadania, da autoestima,
estímulo à reconstrução da autoimagem e autonomia do idoso. Expressões
artísticas; artes plásticas, artesanato e fotografia; biblioteca e literatura;
cinema e vídeo e atividades físicas.
Segundo o professor Claudio Felisoni o
Brasil se tornará, em pouco mais de uma década, a quinta maior população com
mais de 60 anos do mundo. Ele atribui este fenômeno que impactou essa faixa
etária: a distribuição de renda. Pois cerca de 30 milhões de pessoas saíram das
faixas D e E (com renda de menos de quatro salários mínimos) para a posição entre,
quatro a 10 salários mínimos. A mudança atingiu uma parte significativa da
terceira idade, com renda até então mais baixa. Esta mudança significa uma renda maior entres os idosos, que deverão atingir
a idade máxima de 130 anos nas próximas décadas, conforme as previsões
científicas. Graças aos progressos da medicina as pessoas passaram a desfrutar
a vida com mais jovialidade, o que obriga o mercado a se adaptar ao novo
consumidor da terceira idade.
Lei mais:
Nenhum comentário:
Postar um comentário